
Consumo de carnes processadas aumenta até 12% risco de câncer, afirma pesquisa da Sorbonne
Um novo estudo, liderado por cientistas da Universidade de Sorbonne, na França, descobriu que um aumento de 10% no consumo de comidas ultraprocessadas na dieta de uma pessoa está relacionado a um aumento de 12% no risco de desenvolver alguns tipos de câncer. Entre os alimentos listados pelo estudo como potencialmente cancerígenos estão nuggets de frango e outros tipos de carnes processadas. Foram analisados os hábitos de mais de 100 mil adultos e o consumo corriqueiro de 3.300 alimentos diferentes.
Os resultados da pesquisa foram publicados na última quarta-feira (14) pelo British Medical Journal (Jornal Médico Britânico, em tradução livre).
A descoberta reitera o que o IARC (Agência Internacional de Pesquisa em Câncer da ONU) já vem alertando desde 2015, após analisar resultados de mais de 800 estudos sobre o tema: carnes processadas, como salsicha, bacon, presunto, peito de peru e outros, são tão cancerígenas quanto o cigarro.
Em um estudo da Escola de Saúde Pública de Harvard, mulheres que consumiam 1,5 porção de carne vermelha por dia apresentaram propensão 22% maior de desenvolver câncer de mama que mulheres que consumiam uma porção de carne vermelha por semana. Em um outro estudo, pesquisadores da Universidade de Harvard identificaram uma relação direta entre aumento no consumo de carne vermelha e aumento de risco de diabetes tipo 2.
Se os riscos de câncer, diabetes e doenças cardíacas já não bastassem para que todos larguem ou ao menos reduzam o consumo de carne, existe ainda a grave questão dos animais usados pela indústria para consumo, que são cruelmente explorados e mortos.
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