Leite faz bem para a saúde? Faz, desde que você seja um bezerro.

Leite faz bem para a saúde? Faz, desde que você seja um bezerro.

  • Lucas Alvarenga
  • Lucas Alvarenga

O homem é o único mamífero que continua bebendo leite depois que cresce. Se leite de vaca faz bem? Faz. Desde que você seja um bezerro.

Não é preciso ser especialista no assunto para entender que algo nesse hábito de consumo está muito errado. O leite só começou a fazer parte das refeições a partir da primeira revolução agrícola, há cerca de 10.000 anos. O leite de vaca não é adequado ao organismo humano. Não é à toa que tanta gente tem intolerância a lactose.

Um estudo recente realizado por dois professores de Harvard, Dr. David Ludwig e Dr. Walter Willett, demonstrou que não há qualquer evidência científica de que o consumo de leite e derivados faça bem para os ossos, ajude a perder peso ou traga benefícios à saúde em geral. Na verdade, eles constataram que o leite não só não faz bem, como pode causar constipação intestinal, inchaço, gases, diarreia, alergias, eczemas e acne. Isso quer dizer que leite de vaca faz mal? Não se você for um bezerro.

Um renomado médico americano especialista em prevenção de doenças crônicas, Dr. Mark Hyman, faz diversos alertas sobre o leite. “Laticínios contêm diversas proteínas alergênicas, como a caseína, por exemplo, que causa uma série de problemas para muita gente. Para piorar ainda mais, o leite da indústria hoje tem muito mais potencial para provocar inflamações e diabetes.”

Devido à alta necessidade de produção para atender a demanda, a indústria leiteira exige muito mais das vacas do que elas poderiam dar. Por isso, inevitavelmente, todo leite contém quantidades relativamente significativas de pus e sangue. De acordo com dados da EMBRAPA, um número considerável de vacas apresentam casos clínicos de mastite, uma inflamação nas glândulas mamárias.

Essa inflamação, provocada pelo estresse muito acima do que seria normal, acaba causando a contaminação do leite com células somáticas (vulgo pus) e sangue. Segundo um site especializado em agropecuária no Brasil, “a ocorrência de mastite pode provocar desde uma diminuição na produção e perdas na qualidade do produto final, até problemas mais graves, como a morte do animal afetado e riscos à saúde humana (por meio de microrganismos e toxinas presentes no leite consumido)”.

Como é inviável para a indústria remover as células somáticas ?? ou pus ?? do leite na entrega do seu produto final, realiza-se a Contagem de Células Somáticas (CCS), um critério mundialmente utilizado por indústrias, produtores e entidades governamentais para monitoramento da mastite em rebanhos e avaliação da qualidade do leite. Enquanto a quantidade máxima permitida na União Européia é de 400.000 cel/ml, no Brasil este limite é mais que o dobro: 1.000.000 cel/ml.

Quer pus?

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