Empresa que promete acabar com abatedouros recebe US$22 milhões de investimento

Empresa que promete acabar com abatedouros recebe US$22 milhões de investimento

  • Aline Baroni
  • Aline Baroni

Memphis Meats, startup que produz carnes cultivadas em laboratório, sem explorar ou matar nenhum animal, acaba de anunciar um aporte milionário de investimentos. A empresa levantou, até o momento, 22 milhões de dólares. Entre seus principais investidores estão Bill Gates e a gigante do agronegócio Cargill.

Nosso Vice-Presidente no Brasil, Lucas Alvarenga, visitou a sede da Memphis Meats no último mês. Quando o fundador da empresa, Uma Valenti, foi perguntado sobre seus planos para o futuro, ele foi curto e direto: “Queremos mudar toda a indústria alimentícia”.

O fato da Memphis Meats estar avançando tão depressa no negócio que pode, de fato, acabar com os abatedouros no mundo, não é a única notícia fabulosa. A Cargill, uma das maiores produtoras de proteína animal, enxerga na Memphis Meats uma alternativa para mudar a forma como a população consome proteína num futuro bem próximo. Na MFA, acreditamos que as grandes empresas que exploram animais dificilmente irão falir, mas certamente podem mudar todo seu negócio para soluções éticas e sustentáveis em um espaço relativamente curto de tempo, sem que dependam de exploração animal.

Recentemente, a Tyson Foods, uma das maiores produtoras de proteína animal do mundo, investiu na Beyond Meat, que produz hambúrgueres vegetais de alta tecnologia que até “sangram”.

A Memphis Meat, que ainda não comercializa seus produtos, “cultiva” carne artificialmente, a partir de células-tronco, nutrindo-as com oxigênio, açúcar e outros nutrientes. Motivada por consumidores preocupados com direitos animais, saúde e questões ambientais que envolvem a carne “real”, a startup afirma que seus processos usam apenas 1% das terras e 10% da água se comparados à pecuária convencional.

Iniciativas como essa podem ser fundamentais para salvar a vida de bilhões de animais, uma vez que uma parcela imensa da população ainda consome carnes.

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